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Eu quero ser juíza!

O Magic: The Gathering apareceu na minha vida em meados de 2013 e, desde então, não saiu mais. No início, as cores, ilustrações, flavor texts e todo o universo do jogo me envolveram. O MTG me trouxe muitas coisas, desde intelectuais e práticas (melhora do raciocínio lógico e do pensamento rápido, capacidade de lidar com a frustração, aumento das habilidades sociais, entre outras) até mesmo emocionais e subjetivas (amizades, amores, choros de tristeza e de alegria, uma autoestima razoável, etc).

Com tudo isso, fui me apegando cada vez mais a esse mundo maravilhoso e ele a mim. Não direi que a caminhada foi simples, já que sabemos o quão difícil é ser mulher em nosso dia a dia na sociedade comum, logo em um meio completamente dominado por homens, isso se intensifica. Inclusive, aproveito a deixa para parabenizar todas as mulheres que entraram e continuaram nesse jogo, vocês são maravilhosas! Enfim, mesmo com todas as dificuldades, continuei. No meio desse “continuar”, me encontrei.

Por conta do apego citado, fui me interessando cada vez mais pelas regras desse jogo lindo. Sempre gostei de regras, e quanto maior a complexidade delas, mais me encantam. Por isso, comecei a observar o juiz que atuava na minha localidade e o trabalho me pareceu gratificante.

Demonstrei meu interesse na área para o referido juiz e a primeira pergunta (depois vieram mais umas 143.728) foi: Por que você quer ser juíza? Refleti muito acerca dela e descobri que queria ser juíza para melhorar a minha comunidade, que tem diversos problemas (posso contar em um outro textinho desses como está sendo a minha experiência por aqui, hehehe), fazer com que tudo seja justo para todos e todas. Além disso, me tornando uma juíza, eu posso, de uma forma ou outra, ser uma referência e um ponto de apoio para outras garotas.

Depois da entrevista inicial eu me preparei muito (e bota muito nisso) para realizar o simulado e a prova que são necessários para a aquisição do nível. Realizei a temida avaliação final no fim de semana do Nacional Magic (dia 9 de setembro, especificamente), fui entrevistada por um juiz maravilhoso e que foi muito solícito com todas as minhas questões, passei em tudo e fui aprovada no programa! Enfim, pequeno sonho começando a se construir.

Esse foi um dos dias que mais tive orgulho e certeza de que, depois de tantos altos e baixos, eu havia começado a trilhar um novo e maravilhoso caminho no Magic, do qual eu não quero sair nunca mais. No fim de semana dos dias 03 e 04/11/2018, apitei meus primeiros eventos competitivos (dois PPTQs) e só confirmei aquilo que eu já sentia antes.

Durante o Nacional Magic 2018

Como nem tudo são flores, alguns problemas ainda estão por aqui. Há, claramente, a resistência por parte de alguns players de aceitarem a minha nova posição, não me incentivando ou simplesmente duvidando da minha capacidade, então ainda existem dificuldades a serem superadas. Preciso me provar o tempo todo, mas, novamente, já precisava fazer isso antes por ser, praticamente, a única mulher no meio de 10, 20, 30 homens, dessa vez não seria diferente, não é? Infelizmente...

Por fim, gostaria de frisar que, apesar de todas as dificuldades, nervosismos, dificuldades, vale a pena! Se você que está lendo esse texto se interessa por esse lado do Magic, mas não sabe exatamente o que fazer, estou à disposição para tirar quaisquer dúvidas referentes ao processo e ao início da caminhada no programa. Muito obrigada por chegar até aqui e abracinhos!

Malu.


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